top of page
DESTAQUES

Lamúrias de um poeta sem ideias

Oh, saudade qual sinto dos tempos versados meus

Onde, sentado no chão imundo,

Me havia de ler um livro

E, pertencendo, feliz, a tal mundo,

Escrevia uma poesia sobre os encantos seus

E dava graças a Deus e a Apolo por haver, como poeta,

Nascido.


Oh, tempo que vai e já não mais volta

Ai de mim, que tristeza, que tristeza!

Tempos que passam num segundo, na memória

Mas mantém-se encravados em meu peito, com presteza.


Oh, que saudade d'onde me sentava, no chão sujo

Mas agora, de imundície e sujeira, basta-se meu ser

Cuja natureza tornara-se imunda e o coração escuro

Cuja poesia, outrora multicolor,

Renascera cinza tal qual transformou-se o viver.


Ao Diabo, que a tanto me aporrinha:

Saiba que vencera, oh, Inimigo

Pois não me deixara nada além da carne fria

Já que Minh’alma abandonou qual corpo vivo.


Mas, acalma-te, não tarda:

Chegará o dia, Satã maldito

Em que a poesia, retornada,

Voltará a ser boa comigo.


(Crédito da imagem: Wallace Chuck)

NOSSOS TEXTOS
NOSSO ARQUIVO
VENHA COM A GENTE
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
BUSCA POR TAGS
image0 (30).png
  • instagram-icone-icon-1.png
bottom of page