O baile de Afrodite, a deusa do amor
Eu não preciso do seu amor
Pois tudo o que ele me causou foi dor
Dor que eu amei, abracei e reproduzi
Mas agora, me encontro preso aqui.
Nesse salão, iluminado com as luzes da lua
Decorado com o brilho das estrelas
E secreto com o abraço das nuvens ao seu redor
Me diga, o que pode ser pior?
O que pode ser pior do que se prender a alguém?
Pode ser pior do que amar alguém?
Pior do que se render?
Do que te ter?
Oh Afrodite, em seus lábios encontrei o mais doce dos meis
Tão doce a ponto de me fazer entrar em abstinência
Procurando pela sua existência
Sua essência.
Oh Afrodite, em seu corpo encontrei o mais perfeito dos labirintos
Que tive a coragem e o prazer de me perder
Perder o juízo
O sentido.
Vamos perder?
Precisamos.
Vamos nos machucar?
Nós amamos.
Não se cale, grite, me irrite e me domine
Faça me arrepender, de correr, perseguir
Ir
Atrás de você.
Nesse baile me perdi, me encantei, com sua dança
Na cama, nas paredes ou até mesmo na sala
Não há quem respeite, aceite ou até mesmo acredite
Mas me perdi, no baile de Afrodite.
A deusa do amor
Me mostrou a conexão das almas
A falta de ar e sensação de equilíbrio
Me mostrou o brilho, do seu olhar.
A deusa da fertilidade
Com tanta facilidade me encantou e corrompeu
Já não sei mas quem sou eu
Mas saiba, para sempre, meu corpo é teu.
A deusa da sexualidade
Com sensualidade e sem piedade
Me mostrou a felicidade
De conhecer, essa divindade.