O eterno talvez do amanhã
Talvez aprendamos a amar
E percebamos que estamos todos no mesmo barco, no mesmo mar.
Talvez a gente se lembre do povo perdido que habita as vielas,
Das donas de casa que moram nas favelas,
Dos que não estudam, não comem, não são lembrados,
Dos pretos e favelados que não são amados.
Talvez lembremos desses dias em reclusão
E passemos a dar início aos tempos de inclusão
Ao João, cujo pai PM morrera na troca de tiros,
À Maria, cujo irmão traficante fora assassinado aos gritos.
Talvez aprendamos,
Talvez esqueçamos
Talvez os tempos sejam outros, mais solidários;
Ou talvez acabemos por ficar ainda mais solitários
(Crédito da imagem: Daniel Malikyar)