|Amorlepsia|
faço versos como quem corre.
faço versos como quem morre.
esparso em minha lama
vomito mágoas que me arranham.
deitado em minha cama
choro dores de quem não apanha.
o ácido de minhas palavras corrói minha sanidade.
a insanidade de quem sofre, por não ser amado de verdade.
a decepção tem seu odor,
mas já me fez gemer sem sentir dor.
cubro minhas vergonhas marcadas com seu sabor.
sigo pra trás, sem arrependimento, mas com rancor.
o que faço agora com lembranças amargas?
a que foi meu às de copas, hoje é meu três de espadas.
mas não paro, sigo adiante.
há um labirinto em cada instante.
há um labirinto em cada amante.
#PraCegoVer #PraTodosVerem Ilustração. Imagem exibe no fundo uma pintura em tons de azul petróleo, preto e vermelho com detalhes em bege e branco. A obra é "Os amantes II" (1928), de René Magritte. Nela há duas pessoas encapuzadas como elas estivessem se beijando. Moldura com faixa vertical verde água com o símbolo da SPN, foto 3x4 e nome de Elias Daniel. Ele tem pele branca, olhos castanhos, cabelo castanho curto, parcialmente raspado na lateral. Ele usa brinco na orelha direita, corrente de prata no pescoço e camiseta preta. Foto no terceiro slide exibe a pintura surrealista em destaque. Fim da descrição. (Legenda acessível por Bia Palumbo)
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