O preço
O que está na mesa...
Estar diante do que compra meu silêncio, cartão VIP para ser ignorada, abaixar a cabeça e ficar quieta.
Ver e não falar porque o preço ainda está na mesa.
O preço não me dá escolhas, caso não aceite, o preço fica maior e mais violento.
Minha voz não existe mais; entre as escolhas não está o preço, porque ele está no controle?
O preço virou medo, sua posição parece muito maior do que a minha.
A mesa está submetida ao preço e ainda assim o defende...
Ele parece bom na maioria das vezes, mas ninguém conhece o peso real das coisas, e o preço impõe.
Fantasiar-se pode ser simples, vale o preço da minha voz, que hoje não existe mais.
Posso ver e ouvir... Ainda.
Seu discurso é condenar o passado e ameaçar o presente, mas o preço sempre vai “ser bom”, valer a pena.
Porém, quanto vale isso tudo?
O preço não dita seus valores.
Não os meus.
Crédito da imagem: Maiara Eugenia Dias
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