O último que eu gostaria de escrever
Mesmo que não possa te ver
Posso te escrever
Te desmontar em versos
Na tentativa de te decifrar
Eu acabo por desmoronar
Não só a saudade aperta o peito
Mas sua indiferença
De presença
Fragmentos de um amor que morreu
Me assombram
Aguardo por dias melhores
Com calma e desespero
Torço para que você ainda esteja aqui
Mesmo sabendo que não vai
Me sinto uma boba criança apaixonada
Com olhos brilhantes
Que mesmo sem entender o que sente
Sente.
Tola esperança
Que assombra a mente vazia
É assim que o diabo tortura?
Com a decepção?
Desculpa, mas tenho uma coleção
Repito incansavelmente
Que já fui melhor do que isso
Minhas antigas relíquias escritas
Podem provar
Vejo que o me restou foi a solidão
Ficaremos com ela então
E com todas essas ideias
Pensadas e planejadas
Que nunca serão executadas
Para onde elas vão?
Em que buraco escuro da minha mente se escondem?
Crédito da imagem: Reprodução/Tumblr
#PraCegoVer #PraTodosVerem ilustração. O texto ocupa o centro da imagem. O fundo é a foto de um ambiente externo, pôr do sol com árvores ao fundo, um gramado e na parte debaixo da imagem duas pessoas de mãos dadas, mas apenas os dedos aparecem. Moldura traz na lateral uma faixa vertical verde água com o símbolo da SPN. Na sequência, foto de rosto da artista Ananda Salazar e o nome dela em preto abaixo da imagem. Ela está com o rosto inclinado para a esquerda, tem os olhos castanho-escuros e cabelos da mesma cor, com as pontas na cor rosa, na altura do pescoço. A artista veste uma blusa de cor clara com gola V. Foto no terceiro slide de duas pessoas de mãos dadas, com o braço esquerdo de uma e o direito de outra. Os braços estão cobertos por uma manga longa na cor preta. A pessoa que está à direita tem um lenço vermelho em cima do ombro direito. (Legenda acessível por Bia Palumbo)
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