Quebrada
Eu tô quebrada...
Algo em mim simplesmente quebrou
Algo está faltando
E eu não sei o que é
Eu tenho surtado
Todas as noites
Tenho chorado
Todas as noites
Procurando o que c@r@lho tá quebrado
E eu só não sei
E se eu realmente só não souber?
Tenho algumas teorias
Tem a escola
Meu pai
Minha irmã
Eu amo todos eles
Mas eu tô surtando
Eu não consigo dizer isso a ninguém
Mas eu to surtando
Invento desculpas
Invento palavras
Que vao confortá-los por mais um tempo
Mas eu tô surtando
E não tem palavra
Que desminta o choro desesperado
E pra completar
Estou quebrada
Eu tô quebrada
E ninguém vê que eu tô quebrada
Alguns participam de uns mini-surtos
Mas ninguém vê que eu tô quebrada
Eu tô sumindo
E os fatos q vem surgindo
Só me tiram um pouco mais da reta
Eu to quebrada
E não sei como consertar
São muitos pedacinhos pra juntar
E eu to quebrada pra c@r@lho
Como se fosse um vidro temperado
Com milhões de partezinhas
Que eu não sei como juntar
Quanto mais conserta
Cada lágrima vai rasgando onde passa
Por que eu tô quebrada
Cada suspiro dói todo o sistema respiratório
Portanto
Estou quebrada
Olhar e não ver nada...
Porr@, eu tô quebrada
Sem saídas
Eu não sei o que eu quero
Meu futuro é incerto
Mas será que ele existe?
C@r@lho, eu tô tão quebrada
Meu coração não age de acordo com meus sentimentos
Ele fica taquicardia quando quer
E bradicardia mais ainda
Eu sinto a respiração falhar toda noite
Mas não é nenhuma doença
Portanto estou quebrada
Eu tô tão quebrada
Que acho que é impossível
Alguém conseguir me consertar...
Eu serei como aquelas televisões velhas
Quebradas
Em algum canto de uma sala
De um técnico de televisores.
#PraCegoVer #PraTodosVerem ilustração. Quatro slides. Nos dois primeiros, texto em branco, fundo azulado mostra uma televisão de tubo com a tela quebrada e pedaços do aparelho espalhados pelo chão. Ilustração no terceiro slide. Texto em branco, fundo preto e ao centro barras coloridas como a color bar de um sinal de televisão e uma tarja preta com a frase "off air" ("fora do ar", em tradução livre). Moldura traz à esquerda faixa vertical verde com o símbolo da SPN, a foto e o nome de Mariana de Almeida. Ela tem a pele branca, olhos castanhos, cabelo castanho. Ela tem os cabelos castanhos claros, bochechas rosadas, veste uma camiseta cinza com gola vermelha. O rosto de Mariana está inclinado e os lábios juntos como se ela mandasse um beijo. Foto no quarto slide. Imagem em tom azulado mostra uma TV de tubo destruída com pedaços espalhados pelo chão. Fim da descrição. (Legenda acessível por Bia Palumbo)
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